sábado, 17 de março de 2012

Mulheres: A dúvida entre ter um filho...

 Por: Silvia Malamud


...ou investir na carreira profissional

Hoje em dia é mais do que comum mulheres se encontrarem em angústia extrema por conta do evento de engravidar e ter um filho ou investir na carreira profissional. Ao que parece, fica difícil conciliar ambos, principalmente quando em carreira executiva, muito embora não seja só dentro deste espectro de carreira que a angústia pode surgir.
 Dependendo da idade, quanto mais avançada, mais os conflitos em relação ao tema se estabelecem de modo muitas vezes devastador para as mulheres. Casadas ou não, chega um tempo em que a chamada biologia humana grita alto aos ouvidos. O que fazer em relação a esses ditames é a questão.


De outro modo não tão diferente, as mais jovens também podem passar por essa modalidade de conflito. As que discutem a situação com os parceiros e mesmo as que desejam fazer produção independente, sabem que essa mudança de vida não é tão fácil e nem tão simples. Pelo fato de assumirem grandes responsabilidades no orçamento familiar e também pela abertura da inserção no mercado de trabalho, cada vez mais em condições igualitárias aos homens, a mulher da atualidade tornou-se consciente de suas múltiplas demandas. Sabe que ser mãe invoca uma qualidade de presença e de disposição insubstituíveis pelo menos no início da vida de um filho. Também tem consciência de que sua vida jamais será como antes.

Por estes motivos, somados a cruzamento de histórias individuais de cada mulher que está no impasse de ter ou não filhos, é que a demanda da busca por terapias com este tema tem aumentado significativamente. Terapias breves e focais nestes casos costumam promover excelentes resultados. Sabemos que este tipo de opção jamais poderia ser feita satisfatoriamente em meio a soluções matemáticas ou através de lógicas de raciocínios e, sim, por plena disposição elaborada interiormente e clareza emocional que somente uma boa terapia pode alavancar.

A decisão sobre desistir de ter filhos, da carreira profissional ou de seguir com ambas as opções, optando por ter filhos e seguir ao mesmo tempo com a carreira depende, como já foi abordado anteriormente, da história de vida de cada mulher em conflito.

Existe uma tendência da classe média em optar mais do que as outras por adiar o fato de ter filhos, ou conciliarem filhos e trabalho. Observa-se, porém, que no geral existe empate em todas as opções. É relevante ressaltar que, para cada escolha feita, sempre haverá ônus e bônus.

Inúmeros conflitos e angústias impensáveis podem surgir quando, por exemplo, ocorre um gravidez inesperada. A maioria busca uma boa adaptação ao susto inicial e as que mais conflitos passam, muitas vezes recebem as benesses que um bom suporte terapêutico é capaz de oferecer.

Preocupação excessiva sobre o tema ter filhos ou dar prosseguimento à carreira profissional pode ser fator preponderante para instalação de quadros de estresse e ansiedade. Sugiro que, se em algum momento, esse tipo de preocupação tomar uma dimensão importante, a ponto de influenciar negativamente a qualidade do dia-a-dia, que um profissional capacitado seja procurado, em nome de evitar que estes conflitos tornem-se a causa de sintomas emocionais maiores e de solução trabalhosa.

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